Como informa o conhecedor Paulo Twiaschor, a aplicação da economia circular na construção civil representa uma mudança estratégica no uso de recursos e gestão de resíduos, promovendo um modelo sustentável com reaproveitamento contínuo de materiais. Até porque, esse modelo é especialmente relevante em um setor historicamente marcado pelo alto consumo de matéria-prima e pela geração excessiva de entulhos.
Desse modo, ao adotar práticas alinhadas à economia circular, empresas e profissionais da construção podem reduzir custos, minimizar impactos ambientais e atender às exigências de um mercado cada vez mais atento à sustentabilidade. Porém, para que isso ocorra é necessário compreender os fundamentos desse conceito e identificar os primeiros passos para aplicá-lo na prática. Então, quer transformar sua obra em um modelo mais sustentável e eficiente? Continue lendo e descubra como!
O que é economia circular na construção civil?
O conceito de economia circular propõe um ciclo contínuo de uso e reaproveitamento de materiais, em contraponto ao modelo tradicional linear de extrair, produzir, consumir e descartar. Na construção civil, isso significa prolongar a vida útil dos insumos, reutilizar elementos estruturais e adotar soluções que permitam desmontagens e remanejamentos sem gerar resíduos excessivos.

Segundo Paulo Twiaschor, a economia circular aplicada ao setor também envolve pensar desde a fase de projeto em como os materiais serão usados e reaproveitados ao longo do tempo. Isso inclui o uso de materiais recicláveis, desmontáveis ou de origem renovável, além de sistemas construtivos que favoreçam a flexibilidade e a manutenção. Logo, ao aplicar essa lógica, é possível reduzir drasticamente o volume de resíduos gerados em uma obra, economizar recursos e alinhar o projeto às diretrizes ambientais exigidas por normas e certificações de construção sustentável.
Quais os principais desafios para aplicar a economia circular nas obras?
Apesar das vantagens, a implementação da economia circular na construção civil ainda enfrenta desafios importantes. O primeiro é cultural: muitas construtoras seguem padrões tradicionais e resistem a mudanças em seus processos. A falta de conhecimento técnico sobre reaproveitamento e logística reversa também dificulta a transição.
Outro obstáculo relevante está na gestão de resíduos, como destaca o executivo Paulo Twiaschor. Tendo isso em vista, ainda são poucas as obras que tratam os resíduos como recursos a serem reaproveitados. Muitas vezes, eles são descartados de forma inadequada, sem triagem ou separação por tipo, o que compromete a reutilização e eleva os custos de descarte.
Ademais, há desafios relacionados ao fornecimento de materiais reciclados de qualidade e ao investimento inicial necessário para adotar novas tecnologias e metodologias. No entanto, essas barreiras podem ser superadas com planejamento, capacitação e parcerias estratégicas.
Por onde começar a aplicar a economia circular na construção civil?
De acordo com o entendedor de engenharia Paulo Twiaschor, adotar a economia circular em obras exige uma mudança de mentalidade e a integração de novas práticas desde o início do projeto. Algumas ações simples já podem gerar impacto significativo. Portanto, antes de iniciar a obra, é essencial realizar um planejamento criterioso que considere o ciclo de vida dos materiais.
Isso inclui avaliar alternativas de menor impacto ambiental, como materiais recicláveis, reaproveitados ou que possam ser desmontados futuramente. Além disso, é fundamental organizar os processos para evitar desperdícios durante a execução. Assim sendo, treinar equipes, criar áreas específicas para armazenar resíduos e implementar sistemas de triagem são passos básicos que contribuem para uma gestão mais eficiente.
Ações práticas para tornar a obra mais circular
A seguir, veja algumas medidas que podem ser incorporadas à rotina de obras e reformas para promover a economia circular na construção civil.
- Planejamento com foco no ciclo de vida: considerar a reutilização de materiais e a desmontabilidade desde o projeto arquitetônico.
- Uso de materiais reciclados: incorporar tijolos, pisos, madeira e aço reciclados ou reaproveitados sempre que possível.
- Triagem e separação de resíduos: organizar o canteiro para facilitar a segregação de materiais como papelão, plástico, entulho e madeira.
- Parcerias com recicladoras: estabelecer acordos com empresas que coletam e processam os resíduos da construção.
- Capacitação das equipes: investir em treinamentos para conscientizar operários e gestores sobre práticas sustentáveis e de reaproveitamento.
Essas práticas podem ser adotadas gradualmente e adaptadas à realidade de cada obra. O importante é dar o primeiro passo e buscar melhorias contínuas ao longo do processo.
Economia circular como diferencial competitivo no setor
Ao integrar a economia circular aos seus projetos, empresas do setor da construção civil conquistam uma vantagem estratégica em um mercado cada vez mais exigente. Pois, além dos ganhos ambientais e operacionais, esse modelo fortalece a imagem da marca, contribui para o cumprimento de legislações ambientais e abre portas para novas oportunidades de negócios. Dessa forma, ao investir em soluções sustentáveis e circulares, a construção civil deixa de ser vista apenas como parte do problema ambiental e passa a ser protagonista na transformação positiva do setor.
Caminho sustentável começa com pequenas escolhas
Em conclusão, a economia circular aplicada à construção civil é uma jornada viável e necessária. Assim sendo, com planejamento, engajamento e ações concretas, é possível tornar as obras mais sustentáveis, econômicas e alinhadas aos desafios do presente e do futuro, como pontua Paulo Twiaschor. Dessa maneira, a transformação começa nas pequenas decisões do dia a dia, que juntas constroem um setor mais consciente e inovador.
Autor: Paula Souza