A equoterapia tem se consolidado como uma prática terapêutica eficaz no tratamento de diversas condições físicas, cognitivas e emocionais. Nesse cenário, os cavalos crioulos vêm ganhando destaque pelo temperamento dócil, resistência e excelente adaptabilidade. Segundo o empresário Aldo Vendramin, essa raça brasileira reúne características ideais para interagir com pessoas em sessões terapêuticas, gerando resultados positivos e comprovados.
Utilizada como método complementar por fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, a equoterapia promove estímulos multissensoriais enquanto o paciente interage com o animal. O movimento tridimensional do cavalo, combinado à construção de vínculos afetivos, favorece ganhos em coordenação motora, autoestima, equilíbrio emocional e foco. O ambiente controlado, o contato com a natureza e a rotina terapêutica proporcionam um cenário acolhedor e seguro para o desenvolvimento físico e emocional dos participantes.
Cavalos crioulos como parceiros ideais na equoterapia
A escolha dos cavalos crioulos para práticas terapêuticas não é aleatória. Essa raça, originária da região Sul do Brasil, é reconhecida por sua robustez, inteligência e temperamento equilibrado. Tais atributos são fundamentais em um ambiente terapêutico, onde é necessário garantir segurança e previsibilidade durante as interações com os pacientes. Além disso, o porte médio dos cavalos crioulos contribui para a estabilidade e o conforto durante as montarias terapêuticas, o que faz diferença na adaptação de pessoas com limitações físicas.

Conforme destaca Aldo Vendramin, o comportamento calmo dos cavalos crioulos facilita a adaptação de crianças, adultos e idosos que participam de programas de equoterapia. A convivência com um animal tranquilo e confiável reduz o medo, favorece a conexão emocional e melhora significativamente a participação nas sessões. A resistência física da raça também permite sessões de maior duração sem comprometer o bem-estar do animal, o que é essencial para a continuidade e eficácia do tratamento.
Benefícios terapêuticos observados com a equoterapia
A utilização dos cavalos crioulos na equoterapia tem demonstrado efeitos consistentes em pacientes com paralisia cerebral, transtorno do espectro autista, síndrome de Down, sequelas de AVC, entre outras condições. O contato com o animal estimula o sistema nervoso, melhora o tônus muscular, regula o sistema sensorial e estimula a comunicação verbal e não verbal. Além do impacto físico, há ganhos emocionais e comportamentais significativos, especialmente entre crianças com dificuldades de socialização.
De acordo com Aldo Vendramin, além dos benefícios físicos, há um forte impacto emocional. O vínculo criado entre o paciente e o cavalo proporciona segurança, motivação e confiança. Esse fator emocional é essencial para o sucesso da abordagem terapêutica, sobretudo em casos de depressão, ansiedade ou traumas emocionais profundos. A interação com o cavalo cria um elo de empatia que fortalece o engajamento nas sessões e melhora o prognóstico terapêutico.
Formação de equipes e ambiente adequado
O sucesso da equoterapia depende não apenas da raça do cavalo, mas também da capacitação dos profissionais envolvidos e da estrutura do espaço terapêutico. Centros especializados que utilizam cavalos crioulos geralmente contam com equipes multidisciplinares formadas por médicos, fisioterapeutas, psicopedagogos, instrutores de equitação e veterinários. Essa integração permite um atendimento completo e adaptado às necessidades de cada paciente.
A experiência do senhor Aldo Vendramin indica que o treinamento específico dos cavalos é tão importante quanto a qualificação da equipe humana. Os animais passam por processos de dessensibilização e aprendizagem para lidar com diferentes estímulos, sons, movimentos inesperados e comandos variados. Esse preparo é essencial para garantir segurança e eficiência durante as sessões.
Perspectivas para a equoterapia com cavalos crioulos
O reconhecimento dos benefícios da equoterapia tem aumentado a procura por centros especializados, especialmente aqueles que utilizam cavalos crioulos em suas atividades. A combinação entre técnica terapêutica, estrutura profissional e o uso de animais adequados tem ampliado os resultados positivos em diferentes públicos e regiões do Brasil.
Segundo Aldo Vendramin, o futuro da equoterapia passa por mais investimentos em centros de excelência, ampliação do acesso via políticas públicas e maior integração entre profissionais de saúde e especialistas em manejo equino. Nesse cenário, os cavalos crioulos continuarão exercendo papel essencial, contribuindo com sua docilidade e inteligência para transformar vidas por meio do cuidado, da empatia e do movimento.
Autor: Paula Souza