Investir bem vai além de conhecer produtos financeiros; é preciso entender o contexto em que eles estão inseridos, como informa o investidor Otávio Fakhoury. Os ciclos econômicos — compostos por expansão, pico, recessão e recuperação — influenciam diretamente o comportamento do mercado e, consequentemente, o desempenho dos ativos. Compreender esses movimentos permite ao investidor tomar decisões mais inteligentes e estratégicas, alinhando suas escolhas com o momento certo da economia.
Quer investir com mais clareza e estratégia? Então acompanhe este artigo e descubra como entender os ciclos econômicos pode transformar suas decisões e potencializar seus resultados no mercado.
O que são os ciclos econômicos e por que eles importam?
Os ciclos econômicos representam os altos e baixos naturais da economia ao longo do tempo. Eles se dividem em quatro fases principais: expansão (crescimento econômico), pico (nível máximo de atividade), recessão (queda da atividade econômica) e recuperação (retorno ao crescimento). Cada etapa traz diferentes implicações para o mercado e afeta variáveis como inflação, juros e emprego, conforme explica Otávio Fakhoury.

Entender essas fases é essencial porque cada uma delas favorece um tipo diferente de investimento. Durante a expansão, por exemplo, empresas tendem a lucrar mais, o que valoriza ações. Já na recessão, a previsibilidade da renda fixa pode ser mais interessante. Ao reconhecer o estágio atual do ciclo, o investidor pode ajustar sua estratégia e reduzir riscos desnecessários.
Como identificar em qual fase do ciclo econômico estamos?
Observar indicadores macroeconômicos é uma das maneiras mais eficazes de identificar a fase do ciclo. Taxas de juros, PIB, inflação e níveis de desemprego são sinais claros que mostram como a economia está se comportando. Se o PIB está em crescimento constante, por exemplo, isso sugere que estamos em uma fase de expansão. Já um aumento do desemprego com retração na produção pode indicar uma recessão.
Além disso, acompanhar os movimentos dos bancos centrais ajuda a confirmar essas tendências. Otávio Fakhoury destaca que mudanças na taxa básica de juros costumam ser respostas diretas ao ciclo atual. Taxas mais baixas visam estimular a economia em momentos de fraqueza, enquanto taxas mais altas controlam o excesso de crescimento. Essas pistas ajudam o investidor a interpretar o cenário com mais precisão.
Quais ativos combinam melhor com cada fase do ciclo?
Na fase de expansão, a renda variável tende a se destacar. Ações de empresas com forte potencial de crescimento ou setores cíclicos, bem como varejo e construção, costumam performar bem. Ademais, também é um bom momento para ativos mais arriscados, como fundos imobiliários ou ações de tecnologia, por exemplo, que se beneficiam do otimismo do mercado.
Durante a recessão, por outro lado, a prioridade é preservar o capital. Nessa fase, investimentos em renda fixa — como títulos do governo e CDBs — ganham espaço, por sua segurança e previsibilidade. Segundo Otávio Fakhoury, ativos alternativos como ouro ou fundos descorrelacionados da bolsa também podem ser úteis, pois ajudam a diversificar e proteger a carteira em momentos de instabilidade.
Investir com consciência econômica
Por fim, Otávio Fakhoury frisa que ao compreender os ciclos econômicos, o investidor ganha uma visão estratégica do mercado e evita decisões impulsivas. Saber identificar a fase atual e adaptar a carteira conforme o contexto econômico é um diferencial poderoso. Com esse conhecimento, é possível aumentar os retornos e, ao mesmo tempo, reduzir os riscos — tornando o investimento não só mais técnico, mas também mais eficiente.
Autor: Paula Souza