Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que a exposição ocupacional a metais pesados, como chumbo, mercúrio e cádmio, representa uma ameaça silenciosa à saúde reprodutiva de homens e mulheres. Esses elementos, comuns em setores industriais, agrícolas e de mineração, acumulam-se no organismo e interferem em processos hormonais e celulares fundamentais para a fertilidade. A contaminação pode ocorrer por inalação, ingestão ou contato cutâneo, tornando o risco ainda mais abrangente em determinados ambientes de trabalho.
A relação entre metais pesados e infertilidade é multifatorial. Esses elementos afetam a produção de hormônios sexuais, aumentam o estresse oxidativo e comprometem a qualidade dos gametas. A longo prazo, a exposição crônica pode reduzir as taxas de concepção natural e diminuir o sucesso em tratamentos de reprodução assistida. Assim, compreender esses impactos é essencial para desenvolver medidas preventivas e estratégias de proteção aos trabalhadores expostos.
Metais pesados e a fertilidade masculina
De acordo com Tosyn Lopes, o chumbo é um dos metais mais estudados em relação à infertilidade masculina. Sua presença no organismo está associada à redução da concentração e motilidade dos espermatozoides, além de aumento da fragmentação do DNA. O mercúrio e o cádmio também são prejudiciais, pois provocam alterações mitocondriais que afetam a energia necessária para a mobilidade dos gametas.

Além disso, os metais pesados estimulam processos de estresse oxidativo, danificando as membranas espermáticas e comprometendo a integridade genética. Esses fatores aumentam o risco de falhas de fertilização e de abortos espontâneos, mesmo quando ocorre a concepção. A exposição contínua pode ainda estar relacionada a disfunções hormonais, com queda nos níveis de testosterona e prejuízo da espermatogênese.
Efeitos dos metais pesados na fertilidade feminina
Os impactos não se restringem aos homens. O acúmulo de metais pesados no organismo feminino interfere diretamente na função ovariana e na qualidade dos óvulos. O cádmio, por exemplo, pode se acumular no tecido ovariano, reduzindo a reserva folicular e prejudicando a maturação dos gametas. Já o chumbo está associado a ciclos menstruais irregulares e aumento do risco de infertilidade secundária.
Outro aspecto relevante destacado por Oluwatosin Tolulope Ajidahun é que a presença desses elementos no útero pode comprometer a receptividade endometrial, dificultando a implantação embrionária. Pesquisas recentes sugerem ainda que a exposição materna a metais pesados pode impactar o desenvolvimento embrionário inicial, aumentando as chances de complicações gestacionais.
Estratégias de prevenção e proteção no ambiente de trabalho
Tosyn Lopes ressalta que a prevenção da infertilidade associada à exposição ocupacional passa pela implementação de medidas de segurança adequadas. O uso de equipamentos de proteção individual, ventilação adequada nos locais de trabalho e monitoramento dos níveis de metais no ambiente são práticas indispensáveis.
De modo adicional, o acompanhamento médico periódico dos trabalhadores permite identificar precocemente sinais de intoxicação e adotar medidas corretivas. A adoção de políticas públicas e programas de conscientização também é essencial para reduzir os riscos ocupacionais e proteger a saúde reprodutiva. Pequenas ações, como pausas regulares, cuidados com a higiene pessoal após o expediente e treinamento adequado de segurança, complementam a prevenção e ajudam a reduzir a exposição.
A importância do acompanhamento especializado
Conforme elucida Oluwatosin Tolulope Ajidahun, homens e mulheres expostos a metais pesados devem ser avaliados por especialistas em reprodução humana. Exames específicos ajudam a identificar alterações hormonais e genéticas relacionadas à contaminação. Quando o risco é confirmado, estratégias como criopreservação de óvulos e espermatozoides podem ser recomendadas antes da exposição prolongada.
Esse cuidado garante maiores chances de preservar a fertilidade, além de oferecer segurança para quem deseja planejar a maternidade ou a paternidade no futuro. Dessa forma, integrar a saúde ocupacional ao cuidado reprodutivo é uma medida indispensável para reduzir os impactos silenciosos dos metais pesados sobre a capacidade de conceber. Com a conscientização adequada e apoio médico, torna-se possível transformar riscos invisíveis em oportunidades de prevenção eficaz.
Autor: Paula Souza
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.